Como se fosse a primeira vez…

Sabe, Melguissima, às vezes posso até ficar tentado a concordar contigo… Mas no fundo, no fundo, não posso. Primeiro que cada tombo nos ensina a andar melhor, com mais atenção, nos ensina onde devemos não pisar. E depois a vida é muito louca e nos prega tantas peças que você nunca sabe quando vai poder tirar da manga uma experiência qualquer, lá do fundo do baú.

Acho que experimentar é fundamental para se viver uma vida plena, e sei que experimentar trás consigo uma série de riscos embutidos que dificilmente podemos avaliar de fora. Pode parecer clichê, mas estou a cada dia mais convencido que só experimentando o ruim podemos medir o bom. Não digo aproveitar, porque tanto o ruim quanto o bom nos dão experiência.

Eu nunca fui fã, pessoalmente, de RPGs, aqueles jogos de fantasia que tem seus aficcionados pelo mundo a fora. Mas sei que nestes jogos há um fator de experiência, que faz com que o personagem, quanto mais tempo sobreviver no mundo de fantasia, mais ganha experiência, e mais difícil fica de ser batido. Os índios respeitam seus velhos não porque são velhos, e sim pelo mérito de terem sobrevivido e serem, pois, poços de conhecimento, baseado na experiência.

Se soubéssemos o fim, e andássemos em uma linha reta, talvez chegássemos mais rápido e mais facilmente nos nossos objetivos. Concordo plenamente. Mas seus objetivos hoje são os mesmos de 5 anos atrás? A sua experiência de vida certamente já fez com que houvesse uma sintonia fina nos seus objetivos. Na adolescência vemos o futuro com um entusiasmo que nos enebria. É bom demais. Na vida adulta, vemos o futuro como um desafio, e nos perdemos muitas vezes, errando e acertando, ganhando esperiência. E na velhice, o futuro…Não sei.. Acredito que seja a esperança de poder ainda experimentar … Só o tempo, se generoso for, nos dirá

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