Meu contrato na Tunísia acabou, depois de algumas tantas prorrogações. É hora de levantar acampamento e mancar até um outro lugar.
Sou muito sincero em dizer que a Tunísia me acolheu muito bem nestes quase dois anos de convivência. Não tenho do que reclamar.
A equipe que trabalhou comigo foi uma equipe formada por pessoas das mais diferentes formações. Tive a oportunidade de lidar com gente educada e mal-educada, ignorantes e sabichões. E acredito que tenha conseguido deixar uma boa impressão profissional a todos os que precisaram de mim neste período.
Deixei em Túnis amigos, pessoas de quem estou já sentindo falta, que me acolheram no seio de sua família, uma família linda e de conto de fadas, com duas princesinhas e tudo mais…
Saí, é verdade, muito cansado de um último período desgastante. Eu precisava de férias como de oxigênio. Precisava voltar para casa e estar com minha esposa, estar com minha família, dormir na minha cama e desligar completamente do trabalho. E estava já no último mês de saco cheio e rabugento, queria fechar o ciclo.
Mas quando começou a chegar perto da hora de ir embora, comecei a perceber o quanto eu também gostava do ambiente de trabalho, do Berges de Lac, e até do Ladrãozinho da padaria. Me dei conta que provavelmente muitas daquelas pessoas com quem criei laços de amizade iriam se perder pelo mundo, assim como eu, e que com algumas delas deixaria de ter contato.
Saí com um aperto na garganta, feliz de voltar para casa, e com a certeza de que levarei comigo boas lembraças destes dois anos.
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